Avaliação da torção femoral por tomografia computadorizada em pacientes jovens sem artrose e com dor no quadril por impacto fêmoro-acetabular / Femoral torsion evaluation by computed tomography in young patients without arthrosis with hip pain and femoral-acetabular impingement

Com a descoberta do impacto fêmoro-acetabular (IFA) que corresponde a maior causa de artrose do quadril, a análise biomecânica do quadril tornou-se fundamental. O objetivo do trabalho foi avaliar por tomografia computadorizada a torção femoral em pacientes jovens sem artrose com dor no quadril por IFA. No período entre janeiro de 2017 e março de 2018 foram avaliados 26 pacientes (52 quadris) entre 18 a 45 anos com dor no quadril e sem artrose. Todos os pacientes apresentavam dor e IFA (9 bilaterais) totalizando 35 quadris, sendo a maioria homens (73%). A idade média foi de 35 anos para ambos os sexos. O índice de massa corporal médio foi de 19 kg/m2 para mulheres, 24 kg/m2 para homens e a escala de Harris média foi de 67 pontos. Foram encontradas alterações da torção femoral em 11 quadris com dor (31%). A torção média encontrada foi de 14,5 graus, variando 0 a 39 graus (coeficiente de variabilidade= 60%). Pacientes com dor no quadril, torção femoral alterada e impacto do tipo CAM não apresentaram diferença quando comparados aos quadris sem dor (controle) (p= 0,234), como também no impacto tipo Misto (p= 0,314). No impacto tipo Pincer, a torção média dos quadris dolorosos foi de 16,63 graus e a torção média dos controles foi de 11,77 graus (p= 0,045). A presença de alterações na torcionais em quase 1/3 dos pacientes com IFA e a alta variabilidade encontrada revelaram a importância da medida da torção femoral nesta doença

The aim of the study was to evaluate femoral torsion in young patients with hip pain and femoral acetabular impingement (FAI). After the discovery of impingement, the complete analysis from the hip biomechanics has become essential. Twenty-six patients from 18 to 45 years presenting hip pain without arthrosis (Tonnis< 2) were evaluated. All patients presented both pain and FAI (9 bilateral), mostly man (73%). The average age was 35 years for both genders. BMI was 19 kg/m2 for women and 24 kg/m2 for men and the mean modified Harris Hip Score was 67 points. We have found femoral torsion changes in 11 hips with pain (31%) and high variability (60%). The mean femoral torsion was 14,5 degrees, ranging from 0 to 39 degrees. Patients with hip pain, CAM impingement and altered femoral torsion had no correlation when compared to controls (without pain) (p= 0.234), neither Mixed impingement (p= 0,314). Patients with Pincer impingement and painful hips had higher femoral torsion (16,63 degrees) than controls (11,77) (p= 0.045). The presence of torsional alterations in almost 1/3 of the patients with FAI and the high variability reveal the importance of measuring femoral torsion at this disease

Revisão de artroplastia total de quadril utilizando haste femoral de Wagner / Revision of total hip replacement using Wagner femoral stem

Objetivo: Avaliar clínica e radiograficamente a revisão femoral das artroplastias totais de quadril com haste de Wagner, demonstrando que o implante obteve ótimos resultados, sem necessidade de enxertia óssea. Métodos: No período de janeiro de 1997 e janeiro de 2004, no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia, foram realizadas 197 revisães femorais com haste de Wagner, com tempo de evolução superior a 12 meses. A principal indicação da cirurgia de revisão foi o afrouxamento asséptico do componente femoral em 147 casos (74,6%). Osteotomia trocanteriana estendida foi utilizada em 146 revisães (74%). Resultados: Os pacientes foram analisados clinicamente de acordo com os critérios de Merle DÆAubigné e Postel, modificados por Charnley, e, radiograficamente, avaliando-se variáveis como afundamento do implante, remodelação óssea proximal, consolidação da osteotomia (quando utilizada) e incorporação do enxerto. Conclusão: A haste femoral de Wagner é um implante de fixação estável, que confere boa remodelação óssea, sem a necessidade de utilização de enxertia óssea, observada em 96% dos casos. Clinicamente, 86,3% dos casos apresentaram resultados bons e excelentes.